Eu fui à escola

Fazer escolhas é difícil. Fazer escolhas que interferem de forma definitiva na vida atual e futura dos nossos filhos, ainda mais difícil é.

A escolha da escola para o 1º ciclo do D. resultou de um processo de reflexão longo e cuidado.

Se podíamos ter atalhado caminho e seguido o trilho mais óbvio? Claro que podíamos, seríamos igualmente bons Pais. O agrupamento de escolas da zona onde residimos daria (por certo) uma resposta adequada, além de que o D. poderia continuar a contar com a companhia dos seus colegas do ensino pré-escolar, e do acompanhamento, em regime de ATL, da escola onde completou este nível de escolaridade. Mas não, não foi essa a direção que escolhemos tomar. Optámos por agarrar no mapa das opções e avaliar, um por um, todos os caminhos possíveis para a sua formação.

Neste processo atendemos a aspetos concretos, como a proposta de oferta educativa de cada escola, a sua localização, o período de funcionamento, o preço, as apreciações feitas pelos amigos e conhecidos, mas também ao resultado das visitas que fizemos, à nossa própria sensibilidade e intuição.

Da primeira conversa que tive com a diretora da escola que acabámos por escolher, retenho o entusiasmo autêntico com que fui acolhida. O sorriso espontâneo. O sonoro “bom dia!”. E o contacto visual que fez questão de manter durante todo o diálogo, e que foi interrompido apenas pela dispensa da mesma atenção aos outros Pais que se cruzaram no nosso caminho.

Não me falou de programas, metas curriculares, rotinas, horários e de rankings. Não me falou de alunos nem do ensino. Essas seriam questões com respostas já. Falou-me sim, da infância e do extraordinário processo de construção da identidade que lhe está subjacente. Da importância das relações, das experiências, das escolhas, e da responsabilidade que cada escolha, por muito simples que aparente ser, traz consigo. Recordou-me de como somos mais valiosos, quando valorizamos o papel dos outros. E de como o respeito ao próximo, a curiosidade, a criatividade e o pensamento crítico nos levam sempre mais longe.

Não era para ser assim mas eu (Mãe) fui à escola "primária", e vim de lá com algumas lições.

...

Estamos seguros de que este é o melhor caminho.

E julgamos ser o melhor, porquanto não está traçado.

É ele, o D., que o irá fazer.

Num mapa onde a ponte para o conhecimento é também aquela que o aproxima aos outros.

Comentários

  1. Passo pela mesma situação e torço para que as nossas escolhas tenham sido as certas! Felicidades para o D.!

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    1. As escolhas feitas com amor e responsabilidade são sempre as melhores por isso correrá tudo bem para ti também! Felicidades!

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