A revolta dos lápis

O livro “O dia em que os lápis desistiram”, escrito por Drew Daywalt e ilustrado por Oliver Jeffers, venceu há dias mais um prémio de literatura infantil, será adaptado para filme animado e, ao que parece, terá uma nova saga publicada ainda este ano. Nada que seja estranho, este é um livro fenomenal.

O livro conta-nos, usando do melhor humor e ilustrações, sobre o dia em que os lápis de cera do Duarte lhe disseram “basta!”.

O lápis beije está cansado de ser preterido face ao castanho. O preto sente-se frustrado por ter o seu uso confinado ao desenho dos contornos. O azul está farto de pintar a imensidão do oceano e do céu. E o cinzento sente o mesmo mas em relação às baleias-corcunda, elefantes e bichos enormes, a que dá cor. Só o verde não tem razões de queixa. Mesmo assim anda triste devido à quezília entre o amarelo e o laranja, que passam os dias a disputar entre si o estatuto de verdadeira cor do sol.

Um sem fim de reivindicações sentidas que servem de ponto de partida para que o Duarte perceba da inevitabilidade de encontrar formas mais criativas de desenhar e colorir.

A não perder.
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Os lápis também se insurgem. Tal como os gregos.

Pena é que esta Europa nunca tenha lido este livro.





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