... ou então talvez seja dos dias

Significados à parte, a iconografia da Páscoa deprime-me.

Não que não goste de coelhos diligentes, galinhas poedeiras e ovos coloridos. Que até gosto. E de amêndoas de chocolate. Ainda que nem tanto assim. Já a imagem de um cristo pregado na cruz e as reminiscências que tenho quando em criança me enfileirava para lhe beijar os pés de prata, são-me dolorosas. Ao ponto de se sobreporem ao espírito primaveril, que é também de renovação e esperança, que a Páscoa representa para todos.

Ou então talvez seja dos dias. Do sobressalto em que anda o meu coração. Do ressalto da notícia triste que me chegou ontem de Trás-os-Montes. Ou simplesmente, do assalto que esta semana me levou uma hora de sono.

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Jarra absolutamente admirável de Vanessa Bean.

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