Estivemos em pinturas cá em casa. O D. ingressará em breve no primeiro ano e há que reorganizar o seu espaço de modo a que passe a compreender uma zona de estudo. Ampla, confortável e estimulante.
No processo de seleção das cores para essas pinturas, escolhemos ter um apontamento amarelo. O D. não assentiu. Se era para pintar uma parede do seu quarto com uma cor, então que fosse de azul, que é a sua cor preferida.
Expuseram-se argumentos, quer de um lado, quer do outro, e de súbito o D. propôs: “Como querem amarelo e eu quero azul, porque não pintamos a parede de laranja para que fiquemos todos satisfeitos? Também é uma cor bonita!...”
Não havia como insistirmos na nossa pretensão. A solução de consenso sugerida pelo D. era de uma razoabilidade desconcertante!
...
Uma das competências que tenho desenvolvido enquanto Mãe é a de negociação. Não abdico de definir limites e de atuar com firmeza sem esquecer, contudo, como o meu poder de Mãe se encontra regulado pelo poder inegável que reconheço aos meus filhos também.
Educar não é esgotar possibilidades, condicionar, controlar ou reprimir. Educar é admitir (outras) hipóteses. É conceder-lhes espaço para que possam agir com autonomia, suportados nos diálogos que mantemos, nas relações que confiança que construímos, nas escolhas que eles próprias fazem, e nas responsabilidades a que se vinculam em resultado dessas suas escolhas.
No processo de seleção das cores para essas pinturas, escolhemos ter um apontamento amarelo. O D. não assentiu. Se era para pintar uma parede do seu quarto com uma cor, então que fosse de azul, que é a sua cor preferida.
Expuseram-se argumentos, quer de um lado, quer do outro, e de súbito o D. propôs: “Como querem amarelo e eu quero azul, porque não pintamos a parede de laranja para que fiquemos todos satisfeitos? Também é uma cor bonita!...”
Não havia como insistirmos na nossa pretensão. A solução de consenso sugerida pelo D. era de uma razoabilidade desconcertante!
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Uma das competências que tenho desenvolvido enquanto Mãe é a de negociação. Não abdico de definir limites e de atuar com firmeza sem esquecer, contudo, como o meu poder de Mãe se encontra regulado pelo poder inegável que reconheço aos meus filhos também.
Educar não é esgotar possibilidades, condicionar, controlar ou reprimir. Educar é admitir (outras) hipóteses. É conceder-lhes espaço para que possam agir com autonomia, suportados nos diálogos que mantemos, nas relações que confiança que construímos, nas escolhas que eles próprias fazem, e nas responsabilidades a que se vinculam em resultado dessas suas escolhas.
Educar é estar disponível para negociar, dentro da lógica dos princípios que considero, em cada situação, como inegociáveis. É também estar disponível para voltar à base da negociação sempre que não se alcança o compromisso de ambas as partes.
E é pintar paredes.
De verde conciliador.
E é pintar paredes.
De verde conciliador.
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