"Um pecado… que nosso Senhor não perdoa”

(olhem para mim a prestar serviço público!)

Recordou-me há dias o Luís Alves, mentor do super-galardoado Cantinho das Aromáticas, de que vos falarei num outro dia, que um "chá" só é um chá se obtido a partir da infusão da planta Camellia Sinensis. Não há cá chás de cidreira ou camomila!

As únicas variações possíveis para o chá dizem respeito ao tipo de processamento que é dado à planta Camellia Sinensis e traduzem-se no uso adicional dos termos "verde", "preto", "branco", e afins. A propósito fica a nota de que é nos Açores, na Ilha de São Miguel, nas fábricas do Porto Formoso e da Gorreana, que se produz o único chá europeu.

Uma bebida preparada com água quente e outra planta que não a Camellia Sinensis, esteja ela em estado seco ou fresco, dá pelo nome de "infusão". Se, usando o mesmo processo, optarmos por uma mistura de plantas, temos uma "tisana".

Em síntese, há chás, infusões e tisanas. Apelidar indistintamente qualquer bebida que resulte do processo de infusão de uma ou mais plantas de "chá" é, como diz o Luís, "um pecado… que nosso Senhor não perdoa".

Já agora, a preparação de qualquer uma destas bebidas obedece a um ritual e requer, como tal, cuidados especiais... mas disso falo-vos num outro dia (também).

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E agora... vai uma deliciosa infusão de erva-príncipe?

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