Petardo

O ano novo ainda agora começou e já o sinto velho. 

Entre uma cirurgia muito difícil, uma recuperação muito difícil também, a tentativa de me organizar para me manter desintoxicada, focada no que realmente me preenche, e a incomodidade de ter de aprender, aos 41 anos, a assumir ruturas, mesmo que para escapar à toxicidade de quem enche o peito de coisa nenhuma, o ano novo caiu-me em cima como um petardo. E logo a mim, caramba, que nem vou ao futebol.

À conta de tal rebentamento, confesso-me surda.

Magistral. Eficaz. E oportunamente surda.

E sabes que mais?

Gosto do sossego.



Parte exterior de habitação em Humlebaek, Dinamarca. Foto de Abril de 2016.

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