Não seria necessário ter vivido em Lisboa durante 6 anos, como eu vivi, para saber que Lisboa é um cidade fenomenal. Tem uma luz especial, como nenhuma outra cidade que eu conheça. Uma história riquíssima que se descobre devagarinho, nos cantos pitorescos dos seus bairros típicos, onde a roupa estendida estremece, como que triste, ao som do fado. Uma baixa monumental, repleta de praças e avenidas largas, a respirar de soberania e de vida. E uma modernidade vibrante que cintila com as nuances de um rio inteiro!
Por todas estas razões, fomos há dias lá em passeio. Revisitámos o belíssimo Castelo de São Jorge, o Nemo e a Dóri no Oceanário, e passeámos imensamente por Belém, levando os miúdos a conhecer alguns dos principais monumentos que aí se encontram.
Talvez porque desta vez calcorrei a zona de Belém usando de uma passada mais calma e de um par de óculos de turista, achei que Belém está, hoje, muito longe de ter a dignidade que merece.
Os jardins estão descuidados. As calçadas estão esburacadas. O estacionamento, e a circulação dos carros, autocarros e elétricos, continuam um caos. A venda deambulante, de lenços de "seda", selfie sticks e óculos escuros "polarized", é decadente. A sinalética nos monumentos mais antigos, como a Torre de Belém, atrai a atenção, não pelas informações ou advertências dadas, mas pelo uso da esferográfica e da fita cola. E até a Loja dos Pastéis de Belém me surpreendeu, não pelo sabor sempre único dos seus pastéis, mas pelo estado de limpeza deplorável em que encontrei as suas casas de banho. Já para não mencionar o MAAT, que abriu portas há meia dúzia de meses e se encontra fechado para obras de conservação, e o Museu Nacional dos Coches que, 27 milhões de euros e quase 2 anos depois, continua sem projeto museológico à vista.
"Ó gente da minha terra", não tinha de ser assim, pois não?...
Por todas estas razões, fomos há dias lá em passeio. Revisitámos o belíssimo Castelo de São Jorge, o Nemo e a Dóri no Oceanário, e passeámos imensamente por Belém, levando os miúdos a conhecer alguns dos principais monumentos que aí se encontram.
Talvez porque desta vez calcorrei a zona de Belém usando de uma passada mais calma e de um par de óculos de turista, achei que Belém está, hoje, muito longe de ter a dignidade que merece.
Os jardins estão descuidados. As calçadas estão esburacadas. O estacionamento, e a circulação dos carros, autocarros e elétricos, continuam um caos. A venda deambulante, de lenços de "seda", selfie sticks e óculos escuros "polarized", é decadente. A sinalética nos monumentos mais antigos, como a Torre de Belém, atrai a atenção, não pelas informações ou advertências dadas, mas pelo uso da esferográfica e da fita cola. E até a Loja dos Pastéis de Belém me surpreendeu, não pelo sabor sempre único dos seus pastéis, mas pelo estado de limpeza deplorável em que encontrei as suas casas de banho. Já para não mencionar o MAAT, que abriu portas há meia dúzia de meses e se encontra fechado para obras de conservação, e o Museu Nacional dos Coches que, 27 milhões de euros e quase 2 anos depois, continua sem projeto museológico à vista.
"Ó gente da minha terra", não tinha de ser assim, pois não?...
Comentários
Enviar um comentário